Nato nasceu para ser artista. Desde a mais tenra idade é movido pelo desejo de representar o mundo em formas, cores, ritmos e texturas.

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Quando em São Paulo, onde nasceu e vive, recebeu de seu avô João uma miniatura em ferro de um carro de bois, Nato ganhava mais do que um presente, que ele conserva até hoje: ganhava um tema para seus desenhos de infância e adolescência e de suas pinturas atuais.

 

O fascínio inicial pela escultura que representa este veículo dos tempos coloniais, imperiais e que ainda é utilizado nos rincões brasileiros, só aumentou com o passar do tempo. Transformou-se em verdadeira paixão que o levou a pesquisar o assunto, a entender de chaveta, orelha, fueiro, chumaço, oca, cocão, aro da roda, eixo, argolão.

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Para o Nato, o que realmente o atrai são as telas, as tintas, os pincéis e os carros de boi, como tema e objeto do desejo. Trata-se de uma pintura de tons terras, marrons, cujo clima aproxima-se do de uma pintura flamenga, perdida no tempo e, às vezes, no espaço. 

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